Fotografia, Arte e Poesia



terça-feira, 29 de dezembro de 2009

MARGINAL CITY



Eu sou assim
da zona leste
Poeta do povo
levo na alma
o eu
de ser preto ou pobre
não importa
o importante é fazer poesia
seja marginal ou concreta
o importante é ser poeta...

Um poema de Sylvia Beirute - Poemoterapia

Um poema de Sylvia Beirute - Poemoterapia

MENINA ESPERA!


brinquedos
bruna beber



(Para maime)

uma palavra difícil: ENCONTRO
reporta-se a duas palavras mortas
ESPERANTO, ESPERANÇA

tão forte quanto o que vem
andando na frente
dizendo VIM PRA FICAR

em garrafais, de óculos
e quatrocentas lupas num letreiro
luminoso de setecentas lâmpadas

quase nada, eu disse quase nada
é decisivo como se diz decidida
a palavra DECISÃO

e nem tudo é pra ficar
além das HERANÇAS
e das sobras

algumas palavras tolas bonde, patins, bicicleta
io-iô combinam com palavras de consolo
pipoca
nutella
suspiros

gastos, palavra gasta
e sola
e saliva
e coração

voa por aí via palavras RÁPIDAS
quizz
internet
avião
café expresso

algumas palavras se espreguiçam
em LISTAS
RESUMOS
SUMÁRIOS

madrugam INSÔNIA
velando a palavra AUSÊNCIA
e o que é exclusivo supre-se:
SAUDADE

ou outras palavras ameaçadoras
ga-gagueira
ENG-gasgo
AAAAa-aa-aaaaaAAAAAATCHIM

uma palavra sábia
DIVERSÃO
uma palavra burra
DOMÍNIO

palavras de perigo
vermelho
ai
Tchau.

surpreendentes palavras
SUSTO
visita
tempestade

não esperam por palavras súbitas
ASSALTO!
morte
PAIXÃO.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL


Desejo a todos os meus amigos que visitam o blog
um feliz natal maravilhoso e um 2010 cheio de alegria e paz
até 2010
valeu!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O Vento na Ilha


(Pablo Neruda)

Vento é um cavalo:
ouve como ele corre
pelo mar, pelo céu.
Quer me levar: escuta
como ele corre o mundo
para levar-me longe.
Esconde-me em teus braços
por esta noite erma,
enquanto a chuva rompe
contra o mar e a terra
sua boca inumerável.
Escuta como o vento
me chama galopando
para levar-me longe.
Como tua fronte na minha,
tua boca em minha boca,
atados nossos corpos
ao amor que nos queima,
deixa que o vento passe
sem que possa levar-me.
Deixa que o vento corra
coroado de espuma,
que me chame e me busque
galopando na sombra,
enquanto eu, protegido
sob teus grandes olhos,
por esta noite só
descansarei, meu amor.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O CARA DA VEZ


CHICO
“Para Chico Buarque”

Chico mora na lapa
Quem te viu quem te vê
Chico esta sonhando
Sonhos, sonhos são
Nas vitrines Chico se olha
Irritado não se conforma
Chico pode ser Buarque
Como pode ser Holanda
Como todo amor barato se esquece na varanda
Chico ama Ana como também Cecília
Aquela mulher é linda, foi feita sobre medida
Iracema voou e não quis voltar
Levou consigo vida que um dia foi do mar
Chico sobe o morro vai trabalhar na construção
Como se fosse primavera Chico avista Teresinha
Chico que paratodos sempre foi um bom malandro
Enganou João amou Maria futuros amantes para toda vida
Chico será sempre Chico
Triste ou injuriado
Homenagem ao malandro
Que sempre será lembrado.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

SIMPLES AMIZADE


SIMPLES AMIZADE
“para Guto Ramos”

Amizade é reviver cada momento
E fazer de cada momento especial
Encontramos a amizade
Num gesto, numa palavra em momentos difíceis
Amizade nunca acaba mais amadurece ao longo do tempo
E o próprio tempo que se encarrega de criar novas amizades
Amizade é eterna e como um raio de luz que ultrapassa limite e fronteiras
Renasce para o mundo, amizade é sinônimo de felicidade
Ao amigo de que nada posso oferecer além da amizade
Que será eterna passando de geração para geração
Não existindo passado, presente ou futuro
Mas sendo simplesmente amigo...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

SEM NADA




Sem terra
Sem pátria
Sem grana
Sem raça
Sem gana
Sem culpa
Sem mágoa
Sem trilha
Sem rumo
Sem fome
Sem sede
Sem dente
Sem cultura
Sem música
Sem qualidade
Sem sexo
Sem identidade
Sem alegria
Sem porre
Sem alergia
Sem graça
Sem igualdade
Sem puta
Sem vaidade
Sem malandragem
Sem droga
Sem Ubatuba
Sem orgia
Sem censura
Sem risco
Sem preço
Sem juízo

(Poesia do livro cenas do cotidiano)

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O CARA DA VEZ!


Nasceu a 18 de fevereiro de 1924, em Maceió,
Capital do Estado de Alagoas, sendo seus pais
Floriano Ivo e Euridice Placido de Araujo Ivo.
Fez seus cursos primário e secundário em sua
terra natal. Em 1940, transferiu-se para Recife,
de cuja vida literária participou, colaborando
em jornais e revistas.Em 1943, transferiu-se
para o Rio, matriculando-se na Faculdade de
Direito da Universidade do Brasil.

Bibliografia
“As Imaginações” (Poesias) –1944 – Rio.


( Antologia da Nova Poesia Brasileira
J.G . de Araujo Jorge - 1a ed. 1948 )

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Maria Clara


MARIA CLARA

Every donation
All Love
All sounds
Less pain
Every smile
All joy
Even false
At least contagious
All sorts
All life
Eternamente Maria.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

É necessário amar a solidão...

É necessário amar a solidão
Imprescindível guardar o silêncio
E compreender os erros
É preciso abusar do escuro e do vinho
É fatal morrer sozinho
E retirar os espinhos
É preciso amar a solidão
Temos que deixar os quartos
E se arriscar nas pontes
Perder o caminho
E inverter os horizontes
É preciso amar a solidão
Deixar os beijos
E cair na depressão
É preciso amar a solidão
Esbravejar sentidos
E ler Bandeira
Sentar no sofá
E ver passar o domingo.

PRECISO ENCONTRA UM AMOR

Preciso te encontra
Preciso te querer
Preciso te amar
Necessito te perder
Preciso te acordar
Em qualquer amanhecer
Preciso ser teu guia, teu caminho
Preciso ser óbvio
Preciso ser teu rosto
Preciso ser teu ciúme
Preciso sentir teu gosto
Preciso ser teu alfa e ômega
Preciso ser tua força
Preciso ser tua letra e música
Ser teu tom, desafinado
Preciso ser poeta
Necessito ser amado...

Sebastião Salgado

domingo, 22 de novembro de 2009

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Sobre Itamar

Francisco José Itamar de Assumpção (Tietê, 13 de setembro de 1949 — São Paulo, 12 de junho de 2003) foi um compositor, cantor, instrumentista, arranjador e produtor musical brasileiro, que se destacou na cena independente e alternativa de São Paulo nos anos 1980 e 1990.

Fez parte da chamada Vanguarda Paulista, ao lado de Arrigo Barnabé, Grupo Rumo, Premê (Premeditando o Breque) e outros. Sua obra era tida como difícil por muitos críticos, o que lhe valeu a alcunha de "artista maldito", a qual detestava. "Eu sou artista popular!", bradava indignado[carece de fontes?].

Entre suas canções mais conhecidas estão Fico Louco, Parece que bebe, Beijo na Boca, Sutil, Milágrimas, Vida de Artista, Dor Elegante e Estropício.

Itamar assumpção

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Mário Quintana

Quem Sabe um Dia]

Quem Sabe um Dia
Quem sabe um dia
Quem sabe um seremos
Quem sabe um viveremos
Quem sabe um morreremos!

Quem é que
Quem é macho
Quem é fêmea
Quem é humano, apenas!

Sabe amar
Sabe de mim e de si
Sabe de nós
Sabe ser um!

Um dia
Um mês
Um ano
Um(a) vida!

Sentir primeiro, pensar depois
Perdoar primeiro, julgar depois
Amar primeiro, educar depois
Esquecer primeiro, aprender depois

Libertar primeiro, ensinar depois
Alimentar primeiro, cantar depois

Possuir primeiro, contemplar depois
Agir primeiro, julgar depois

Navegar primeiro, aportar depois
Viver primeiro, morrer depois

segunda-feira, 6 de julho de 2009

AMIGOS S/A

- Saiu de manhã não encontrou o dia, foi deitar para ver se encontrava o sol
Desceu as escadas da ladeira de Santa Marta e se jogou nas ondas no arpoardor
Comeu a paixão num dia chuvoso, encontrou Ágata de noite na barra
Pegou a lotação e parou no Leblon e se dirigiu ao bar dos amigos S/A.

sábado, 4 de julho de 2009

VELHO

Velho carro
Velha vida
São as horas esquecidas
Velho vinho
Bom cigarro
Velha cama
Bom barraco
Velho samba
Bom amigo
Velha estrada
Velho livro
Bom poema
Velha carta
Bom dilema
Velha sorte
Boa vida
velha morte

Moça esperta!





Angélica Freitas
A publicação de Rilke shake (2007), livro de estreia de Angélica Freitas (1973, Pelotas, Rio Grande do Sul), fez da escritora nome de destaque da poesia brasileira contemporânea. Finalista do prêmio Portugal Telecom de 2008, o volume apresenta sua poesia despretensiosa e bem-humorada. Formada em jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a autora foi repórter no Estadão e na revista Informática e, durante seis anos, manteve o blog Tome uma xícara de chá, em que publicou muitos de seus poemas.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

DICA DA SEMANA!


"Caros! amigos fiquem esperto na FLIPORTO 2009 tem bastante novidades"
"Dica de leitura José Saramago"
" Festa Literária de Paraty faz homenagem a Manuel Bandeira"
"Jornal Zero Hora faz 45 anos"
"Após ameaça de Sarney PT diz que renúncia não é solução" Folha de São Paulo

quarta-feira, 1 de julho de 2009

FALA RAPA!

Oi, pessoal faz muito tempo que não escrevia no meu blog, mas agora esta com nova cara
Deixe seu comentário e faça sua participação, e não se esqueça do meu livro cenas do cotidiano lançado esse ano vale apena conferir no site www,clubedeescritores.com.br. muito obrigado e viva a poesia!

CENAS DO COTIDIANO

A bala corre
A mãe chora
O pai grita
A filha implora
A multidão aflita
Choro, grito, pranto
Chama a polícia
mas ela demora
O menino no chão
Agora agoniza
E o sanhue rola
Sobre o asfalto frio
Por favor, ajude o menino!
Mas não Importa ele era filho único.