Fotografia, Arte e Poesia



terça-feira, 26 de abril de 2011

TRABALHADORES IMÁGINARIOS


São anônimos do cotidiano, saíram de longe em busca de um engano.
Deixaram suas famílias, fotos e recordações.
Ficam a beira da sociedade e vivem a margem da miséria.
Mas são eles que constroem edifícios e mansões
Mas moram em favelas
São eles que constroem a cidade, soldados do cotidiano.
De uma sociedade egoísta que não se importa com tais elementos
Suspensos nas alturas transformam a inútil paisagem da cidade.
Entre guindastes seu nome pode ser Antonio como pode ser José.
Aglomeram-se em meio a vagões apertados e nunca chegam atrasados
Tem a fé inabalável esperam por uma vida melhor
Deixaram seu sangue e derramaram seu suor, com as forças de seus braços limpam ruas constroem viadutos. E para nós inda continuam sujos.
Não damos bom dia e muito menos boa noite,
Não reconhecemos como cidadão, como brasileiros.
Vivem no imaginário da cidade populosa
Que deixa a sorte pobres homens.
Que esperam voltar para sua cidade e levar com sigo um pouco de felicidade,
Esperam rever pai e mãe.
Que cidade ignorante, soberba e incensa ta.
Eles levantam escolas porem seus filhos não pode estudar,
Eles zelam por suas casas mais também lá não podem entra.
Trabalhadores analfabetos
Quem ditara os seus decretos?
Quem ouvira as suas petições? E de certo que felicidade é morar em barracões
Quanta Maria estão pelas calçadas
Quanta empregada você tem
São filhos do norte, com o sonho da cidade, almejam dinheiro e sucesso.
Sonham com sua casa na periferia ou o estudo descente para dar para as filhas.
Fazem parte da geografia da metrópole, do contexto social.
Do caos banal da marginalidade
São fantasmas nas ruas da cidade.

(Thiago Corban)

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